PSOL do Maranhão vai ter que aceitar filiação de ex-petistas
Kássia Brito
A matemática da filiação partidária no PSOL inverteu a lógica da soma, e com a entrada dos ex-petistas Haroldo Saboia, Franklin Douglas, Roberval Costa e Wagner Baldez, regada à divergência interna, o diretório maranhense deve registrar pelo menos 30 militantes a menos no partido, dentre membros da cúpula socialista do estado. A disputa interna foi resolvida pelo diretório nacional do PSOL, que decidiu dar abrigo aos quatro ex-integrantes do partido de Lula e Dilma.Cordeiro Marques, secretário geral do PSOL de São Luís é um dos militantes que avisou deixar o partido enterrado no passado. Ele pertence ao grupo de Paulo Rios, que é ex-presidente do diretório regional e concorreu ao Senado nas últimas eleições. “O partido vem se degenerando, e essas filiações foram feitas por cima, o nacional atropelou o diretório e vamos sair porque o partido não tem dono”, comentou Cordeiro. Ele informou que o grupo que pedirá desfiliação vai informar ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) a desconstituição da atual diretoria e o desligamento dos militantes.
Ainda não há articulação com outro partido para onde o grupo que prometeu deixar o PSOL procure abrigo, até o fechamento desta edição, uma nota que seria encaminhada pelos dissidentes não tinha sido divulgada. Informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que até fevereiro deste ano, o PSOL possuía 518 filiados no Maranhão.
A entrada dos ex-petistas foi aceita pela cúpula nacional do PSOL a contragosto de metade do diretório regional e não sem embates internos o assunto que dividiu o partido, levantou o questionamento sobre os rumos do PSOL no Maranhão, que pode sair em desvantagem na corrida eleitoral para as eleições municipais de 2012, pois enquanto outras legendas engrossam as fileiras e articulam candidatos, a legenda vive um tempo nublado e convive com a possibilidade de uma debandada.
Para alguns ex-petistas, o motivo da controvérsia nas filiações é uma justificativa para um eclipse premeditado. “O nacional já havia aceitado nossa filiação e nós aceitamos discutir no diretório regional pra não ficar no argumento de que entramos por cima, esse grupo já estava querendo sair do partido e estão nos utilizando como bode espiatório”, sustentou Franklin Douglas.
“Eles bateram na porta certa. Saudamos a posição dos companheiros que decidiram entrar no PSOL, pois eles reúnem uma trajetória de vida no perfil do partido”, comentou o presidente nacional do partido, Afrânio Boppré.







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